Aprovada a nova Classificação Nacional de Profissões, pergunto a mim mesma, se no quadro actual, fazê-lo ainda faz sentido.
Profissão vem do latim Professio, e significa "actividade remunerada que uma pessoa desempenha e que exige formação e especialização".
Mas, embora ainda não nos estejamos a dirigir para a prática do Homem da Renascença, conhecedor e sábio, interessado e interveniente em diferentes áreas, cada vez mais se exige no âmbito profissional que se seja polivalente e flexível.
Mudar de profissão, por exemplo é visto nos dias de hoje como coisa normal, quase desejável.
Por outo lado, dou conta que a minha profissão - designer - apresenta contornos cada vez menos nítidos na área de intervenção.
Sou frequentemente chamada a exercer uma série de competências que poderiam noutros tempos não estar ligadas à prática habitual da profissão, ou mesmo pertencer a outras.
And yet... posso e devo exercê-las.
Certas formações, apesar de inscritas nessa Classificação Nacional de Profissões, permitem exercer quase tudo - como o antropólogo - ou então na prática não existem como profissões - como o filósofo.
Mas quando se verifica que o processo de classificação de profissões exige a definição ao pormenor dos conteúdos funcionais, tudo isto perde um pouco o sentido e apresenta-se algo anacrónico.
Então em que ficamos? Precisamos de profissionais ou competentes?
MO
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